Flávio Bolsonaro defende candidatura de Jair Bolsonaro em 2026 e critica políticas de segurança do governo Lula

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) utilizou sua voz para fazer duras críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à atual gestão do governo federal, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista realizada no último sábado, 1º de fevereiro, Flávio se manifestou contra a decisão que declarou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, afirmando que a ausência de Bolsonaro nas eleições de 2026 seria um ataque à democracia. Durante a conversa, o senador também aproveitou para expor seu ponto de vista sobre o panorama da segurança pública no Brasil e a atuação do governo petista.

Flávio Bolsonaro, que é cotado para assumir a Comissão de Segurança Pública do Senado, fez questão de lembrar que, para ele, a disputa eleitoral sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro seria um reflexo de um sistema antidemocrático. O parlamentar criticou abertamente a decisão do TSE, que em junho de 2023, por cinco votos a dois, tornou Bolsonaro inelegível, sob a acusação de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Na ocasião, o ex-presidente foi acusado de espalhar desinformação sobre a segurança das urnas eletrônicas, um discurso que, segundo o tribunal, comprometeu a credibilidade do sistema eleitoral.

Flávio, que ocupa a cadeira de senador pelo estado do Rio de Janeiro, afirmou que a polarização política no Brasil não se resolveria sem a presença de Bolsonaro na corrida eleitoral de 2026. "Não vai acabar essa porradaria que tem hoje em dia se não tiver o presidente Bolsonaro lá nas urnas", afirmou o senador. Para ele, a possibilidade de Bolsonaro disputar as eleições seria uma forma de garantir a continuidade do processo democrático, e que caso seu pai perdesse as eleições, "vida que segue". No entanto, Flávio parece acreditar que a decisão do TSE de barrar a candidatura do ex-presidente pode intensificar o clima de divisões políticas no país.

A opinião de Flávio sobre o impacto da inelegibilidade de seu pai não se restringe apenas ao cenário eleitoral, mas também aos reflexos dessa decisão na sociedade. Segundo o senador, a falta de uma candidatura forte da oposição, como a de Bolsonaro, pode aumentar ainda mais a tensão entre diferentes grupos políticos no Brasil. Flávio parece enxergar um ciclo vicioso no qual as polarizações políticas se tornam mais profundas, já que, de acordo com ele, não haveria uma "alternativa real" para concorrer com o atual governo.

Ao lado de sua defesa pela candidatura de Bolsonaro, o senador também comentou a situação atual da segurança pública no país, tema que deverá dominar suas ações no Senado, caso ele se confirme como o próximo presidente da Comissão de Segurança Pública. Flávio não poupou críticas à abordagem do governo Lula em relação à criminalidade e à segurança, acusando o governo petista de falhar ao implementar medidas que efetivamente combatessem a criminalidade de forma direta.

Em suas palavras, Flávio Bolsonaro alertou que o atual governo está adotando uma postura "romântica" em relação à questão da criminalidade. "O governo Lula está indo na linha completamente equivocada", disse o senador. Para ele, a política de segurança pública da gestão petista favorece os criminosos ao invés de proteger a população, e esse foco equivocado dificultaria a resolução do problema. O senador se mostrou particularmente crítico de medidas que, na sua visão, não resolvem a questão da violência de maneira eficaz.

Flávio fez questão de destacar, em sua crítica, a relevância das políticas adotadas pelo governo Bolsonaro. Em especial, ele mencionou a ampliação do porte legal de armas, uma medida que, segundo ele, não tem impacto negativo nos índices de violência. "Aumentar o porte legal de armas não é um fator que contribui para a violência, ao contrário, é uma questão de direito do cidadão", argumentou. Em contraste, ele atacou o que considera uma visão "romântica" do governo Lula, sugerindo que o atual governo tenta tratar a criminalidade com um olhar idealista, o que para ele, acaba sendo um benefício para os criminosos.

Em relação à Comissão de Segurança Pública, Flávio Bolsonaro ressaltou que, se tiver a oportunidade de liderar a comissão, suas ações serão voltadas para um fortalecimento da segurança e uma revisão das leis atuais. O senador afirmou que, se eleito para o cargo, trabalhará para adotar uma linha contrária à política do governo Lula. Apesar de ser uma posição de oposição, Flávio deixou claro que seu foco principal não será a crítica pura e simples ao governo, mas sim garantir que as legislações sejam mais rigorosas para proteger a população.

"Os marginais vão continuar nadando de braçada com essa legislação frouxa. Se tivermos um foco na segurança pública e não em medidas ideológicas, podemos garantir que a população estará mais segura", concluiu o senador, mostrando-se convencido de que mudanças substanciais são necessárias no campo da segurança pública.

Flávio Bolsonaro, portanto, se posiciona como um defensor da continuidade de um projeto político que acredita ser capaz de trazer estabilidade e segurança para o Brasil. Ao mesmo tempo, ele parece determinado a desafiar a inelegibilidade de seu pai, buscando garantir que Jair Bolsonaro tenha a chance de disputar as próximas eleições presidenciais. O senador acredita que essa candidatura não só é crucial para a democracia, mas também para reduzir a polarização e as divisões políticas que, segundo ele, podem se acentuar caso o ex-presidente seja impedido de se candidatar.

Em sua visão, a eleição de 2026 sem a presença de Bolsonaro não seria apenas uma perda política, mas um retrocesso democrático, um argumento que reflete as tensões e divisões que marcam o cenário político atual do Brasil.






 

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