Bolsonaro: explica o que fará caso Moraes recuse sua participação na posse de Trump

Iconic News




Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, o ex-presidente Jair Bolsonaro abordou seus planos para o futuro, mencionando tanto sua intenção de reverter a inelegibilidade imposta pela Justiça quanto seus planos de participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2025. O político, que segue sendo uma figura de destaque no cenário brasileiro e internacional, destacou a possibilidade de recorrer ao Congresso Nacional para a aprovação de um projeto de anistia, o que permitiria sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026.


Ao ser questionado sobre a possibilidade de comparecer à cerimônia de posse de Trump, Bolsonaro foi direto, expressando a expectativa de que seria convidado para o evento. O ex-presidente afirmou que, se necessário, faria uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, figura central nas decisões jurídicas que o impactaram ao longo dos últimos anos. Bolsonaro revelou que, caso seu pedido fosse negado, aceitaria a decisão e, mesmo assim, acompanharia a posse de Trump, mas do Brasil, pela televisão.


Bolsonaro também não perdeu a oportunidade de ironizar a possível presença do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na posse do republicano. Ao ser questionado sobre o convite a Lula, o ex-presidente brincou: “Você acha que Trump vai convidar Lula para a posse? A não ser protocolarmente.” A relação próxima entre Bolsonaro e Trump, marcada por afinidades políticas, especialmente nas áreas de segurança, defesa de valores tradicionais e oposição às medidas de restrição durante a pandemia de COVID-19, foi mais uma vez destacada. Para Bolsonaro, a presença em eventos como a posse de Trump não se limita a uma simples demonstração de amizade, mas é uma estratégia de fortalecimento de sua base conservadora, tanto no Brasil quanto internacionalmente.


Além de falar sobre a posse de Trump, Bolsonaro aproveitou a entrevista para reiterar sua postura em relação à sua situação política no Brasil. Desde que foi declarado inelegível, o ex-presidente tem se posicionado como um defensor da revisão de sua condição eleitoral, principalmente à medida que se aproxima a eleição de 2026. Bolsonaro acredita que o Congresso Nacional tem um papel crucial na aprovação de um projeto de anistia, que poderia reverter sua inelegibilidade e garantir sua participação nas futuras disputas eleitorais. O ex-presidente vê essa possibilidade como um caminho para sua volta à política ativa, defendendo que isso seria benéfico não apenas para ele, mas também para a continuidade de suas pautas políticas e ideológicas.


Bolsonaro também fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente tem um histórico de tensões com o STF, que se intensificaram durante seu mandato e após a conclusão de seu governo, em razão de investigações envolvendo aliados e questões relacionadas à desinformação e à integridade do processo eleitoral. Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi uma figura chave em várias das decisões jurídicas que afetaram Bolsonaro e sua base de apoio. Durante a entrevista, Bolsonaro foi enfático ao destacar a necessidade de que o Congresso atue para corrigir o que considera um erro em sua inelegibilidade, afirmando que o parlamento brasileiro deveria se posicionar sobre o assunto, principalmente em um ano eleitoral.


A possibilidade de anistia e a futura candidatura de Bolsonaro em 2026 foram temas recorrentes durante a entrevista. Ele acredita que o apoio de sua base e a aprovação de um projeto de lei que altere sua situação legal podem ser fundamentais para garantir seu retorno à disputa presidencial. O ex-presidente, que ainda mantém uma base de apoio considerável no Brasil, se vê como uma alternativa política à oposição liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente no contexto de um cenário eleitoral polarizado.


No entanto, a situação continua desafiadora para Bolsonaro, que enfrenta uma batalha tanto jurídica quanto política. A aprovação de um projeto de anistia no Congresso é incerta e depende de uma série de fatores, incluindo o apoio de aliados e a disposição de parlamentares em lidar com um tema tão controverso. Mesmo assim, Bolsonaro se mostrou confiante de que sua estratégia, tanto no plano nacional quanto internacional, está em andamento e que a presença em eventos internacionais, como a posse de Trump, é uma forma de reafirmar sua posição de liderança dentro do movimento conservador.


Em sua análise final, Bolsonaro não confirmou se já havia discutido com membros do Congresso sobre a proposta de anistia, mas o tom de sua entrevista sugere que a questão está sendo debatida nos bastidores. A estratégia de manter uma forte conexão com Trump e com a direita conservadora mundial parece ser uma das prioridades do ex-presidente, que, mesmo com obstáculos legais, continua a se posicionar como uma figura central no cenário político brasileiro.


Em resumo, a entrevista de Bolsonaro ao O Globo não apenas delineou seus planos para o futuro político, como também destacou a importância de sua aliança com Donald Trump, sua luta para reverter a inelegibilidade e sua visão sobre os desafios jurídicos que enfrenta no Brasil. A possível ida à posse de Trump, além de um desejo pessoal, se configura como uma estratégia para reforçar sua base e mostrar que sua relevância política continua forte, tanto no Brasil quanto no exterior.

#buttons=(Aceitar !) #days=(20)

Nosso site usa cookies para melhorar sua experiência. Saiba mais
Accept !