Bolsonaro Internado na UTI Após Cirurgia Abdominal: Entenda o Estado de Saúde e os Riscos da Obstrução Intestinal

Iconic News



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após se submeter a uma cirurgia de emergência para retirada de bridas intestinais e reconstrução da parede abdominal. A intervenção, realizada no domingo (13), teve duração de aproximadamente 12 horas e foi considerada bem-sucedida, embora a recuperação esteja sendo conduzida com cautela extrema.

De acordo com o boletim médico mais recente, divulgado na manhã desta quarta-feira (16), Bolsonaro apresenta “boa evolução clínica”, sem queixas de dor, sangramentos ou intercorrências pós-operatórias graves. No entanto, os médicos mantêm a recomendação de permanência na UTI, sem previsão de alta para um quarto hospitalar.

O procedimento cirúrgico teve como objetivo principal a remoção de bridas intestinais, estruturas formadas por aderências de tecido fibroso, frequentemente resultado de cirurgias anteriores. Desde o atentado com faca em setembro de 2018, Bolsonaro passou por diversas intervenções no sistema digestivo, o que favoreceu a formação dessas aderências.

Nas redes sociais, o ex-presidente atualizou seus apoiadores com uma mensagem otimista: “Graças a Deus, sigo com boa evolução clínica, sem maiores dores, sangramentos ou intercorrências mais graves. Já iniciei sessões de fisioterapia respiratória e motora, caminhando, mesmo que com limitações fora do leito.” A publicação foi acompanhada de uma foto em que ele aparece com acessos médicos e uma cicatriz evidente no abdômen, indicando o local da nova cirurgia.

A equipe médica responsável pelo caso inclui especialistas como Cláudio Birolini, médico-chefe da cirurgia, além de intensivistas e cardiologistas que compõem o time multidisciplinar do hospital. Todos assinam o boletim oficial e reforçam a necessidade de repouso absoluto e acompanhamento contínuo. Bolsonaro segue sem receber visitas, por precaução, e sua recuperação está sendo feita com base em um protocolo rígido de fisioterapia e monitoramento clínico intensivo.

Obstrução intestinal: entenda os riscos e a relação com cirurgias anteriores

A condição que levou Jair Bolsonaro de volta à mesa de cirurgia é conhecida como obstrução intestinal, um problema potencialmente grave que impede a passagem normal dos alimentos e líquidos pelo intestino. Essa obstrução pode ser parcial ou total e, se não tratada rapidamente, pode evoluir para quadros mais sérios como infecções, perfuração intestinal e até risco de morte.

As principais causas da obstrução incluem tumores, hérnias, inflamações intestinais, intoxicações alimentares e, como no caso de Bolsonaro, as chamadas bridas intestinais. Essas aderências são cicatrizes internas que se formam após cirurgias abdominais, podendo criar barreiras físicas que dificultam o trânsito intestinal.

Entre os sintomas mais comuns da obstrução intestinal estão:

  • Inchaço e distensão abdominal;

  • Prisão de ventre;

  • Incapacidade de eliminar gases;

  • Náuseas e vômitos;

  • Dor abdominal intensa, geralmente em cólica.

O tratamento depende da gravidade do quadro. Em casos leves, pode-se tentar a desobstrução com medicamentos e dietas específicas. No entanto, quando a obstrução é completa ou persistente, como ocorreu com o ex-presidente, a única solução eficaz é a cirurgia, onde são retiradas as aderências que estão bloqueando o intestino.

No caso de Bolsonaro, as aderências estavam provocando dor recorrente e dificultando a digestão, motivo pelo qual a cirurgia foi indicada com urgência. O procedimento incluiu também a reconstrução da parede abdominal, que havia sido comprometida após sucessivas cirurgias anteriores.

Especialistas afirmam que pacientes submetidos a múltiplas cirurgias abdominais têm mais chances de desenvolver bridas. A prevenção é difícil, mas técnicas cirúrgicas menos invasivas, como laparoscopias, e o controle rigoroso no pós-operatório podem reduzir os riscos.

Estado de saúde de Bolsonaro é estável, mas recuperação exige cautela e cuidados intensivos

Segundo os médicos do Hospital DF Star, a evolução de Jair Bolsonaro após a cirurgia tem sido considerada positiva, embora ainda esteja longe de um cenário de alta. O ex-presidente já iniciou fisioterapia respiratória e motora, o que é um bom indicativo de que o organismo está reagindo bem ao procedimento.

A fisioterapia respiratória ajuda a evitar complicações pulmonares comuns em pacientes acamados, como pneumonia. Já a fisioterapia motora tem como objetivo retomar gradualmente a mobilidade do paciente, acelerando o processo de recuperação e reduzindo o risco de trombose e atrofia muscular.

A equipe médica reforça que a permanência na UTI não é sinal de agravamento, mas sim uma medida de segurança. A monitorização constante garante que qualquer alteração nos sinais vitais seja tratada de forma imediata. Além disso, a ausência de visitas permite maior controle sobre o ambiente, reduzindo riscos de infecção.

Mesmo durante o internamento, Bolsonaro tem utilizado suas redes sociais para se comunicar com seus apoiadores. A estratégia mantém sua base mobilizada e atualizada, algo característico da sua atuação pública mesmo fora do cargo.

A repercussão sobre seu estado de saúde segue entre os assuntos mais buscados do dia nas plataformas de notícias e redes sociais, o que evidencia o interesse público em torno de sua figura, mesmo após o fim do seu mandato presidencial.

Por ora, a expectativa dos médicos é que Bolsonaro continue apresentando progressos diários, com redução gradual das limitações físicas e melhora dos parâmetros clínicos. A liberação da UTI dependerá de uma avaliação conjunta da equipe médica nos próximos dias, baseada em exames laboratoriais e resposta à fisioterapia.

O caso de Bolsonaro serve como um alerta para a importância do acompanhamento médico de longo prazo após cirurgias abdominais. Muitos pacientes negligenciam os sinais de obstrução intestinal, o que pode resultar em complicações sérias. Portanto, a atenção aos sintomas, mesmo que sutis, é essencial para diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.

Até que haja uma nova atualização médica, o ex-presidente permanecerá sob cuidados intensivos, seguindo rigorosamente o protocolo hospitalar e em constante observação por uma equipe altamente especializada.

O estado de saúde de Jair Bolsonaro, mais uma vez, torna-se foco de atenção nacional. A evolução clínica, aliada à transparência nas informações prestadas pelos médicos e pelo próprio paciente, continuará sendo monitorada de perto por seus seguidores, veículos de imprensa e a sociedade em geral.

Tags

#buttons=(Aceitar !) #days=(20)

Nosso site usa cookies para melhorar sua experiência. Saiba mais
Accept !