A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro revelou, em uma recente entrevista, que não mantém uma relação harmoniosa com Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a conversa, Michelle admitiu que já perdoou Carlos por conflitos do passado, mas deixou claro que evita qualquer tipo de convivência com ele para manter a paz na família.
Michelle explicou que, apesar do perdão, prefere manter certa distância de Carlos. Ela enfatizou que respeita sua posição, mas não sente necessidade de estreitar laços com o enteado. "Não desejo mal para ele, mas é uma pessoa com quem eu não quero conviver. Respeito, mas sou obrigada a conviver", declarou durante a entrevista ao jornalista Alexandre Garcia. A fala demonstra que, embora haja um esforço para manter a cordialidade, a relação entre os dois permanece distante e delicada.
A ex-primeira-dama também pontuou que a diferença de temperamentos contribui para os desentendimentos. Segundo ela, ambos possuem personalidades fortes e visões distintas sobre diversos assuntos. "Ele tem o gênio dele, eu tenho o meu. Ele tem a verdade dele, eu tenho a minha verdade", afirmou, sugerindo que as divergências são inevitáveis dentro do núcleo familiar.
Outro fator que teria gerado desconforto entre Michelle e Carlos seria a diferença de idade entre ela e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Michelle relatou que acredita que o vereador nunca aceitou bem o fato de ela ser 27 anos mais jovem que o pai. "Ele tem uma questão por eu ser mais nova, 27 anos mais nova que Bolsonaro. Acho que ele não gostou muito", comentou. Mesmo com essa situação, a ex-primeira-dama garantiu que jamais impediria o marido de manter um relacionamento próximo com o filho. "Não proíbo meu marido de ter um relacionamento com ele, jamais, mas eu não consigo", complementou.
Michelle reforçou que lamenta a situação e que gostaria que fosse diferente. "Não gostaria que fosse assim. Algumas coisas eu não concordo, e para não ter problemas maiores, eu prefiro me afastar", desabafou. O distanciamento, segundo ela, é uma estratégia para evitar conflitos desnecessários e preservar a harmonia familiar.
A relação conturbada entre Michelle e Carlos não é novidade. No fim de fevereiro, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o assunto durante uma entrevista ao jornalista Léo Dias. Bolsonaro mencionou que o filho e a esposa não se falam devido a um problema ocorrido no passado, sem, no entanto, dar detalhes sobre a origem do desentendimento. "Tem um filho meu que não fala com ela, o Carlos. Tem um problema lá atrás. A Michelle tem seu gênio, talvez algum problema de ciúmes, mas não sei. Mas, também, o Carlos amadureceu muito, tem uma filha agora", disse o ex-presidente.
O comentário de Jair Bolsonaro sugere que a relação entre Michelle e Carlos pode estar enraizada em questões antigas e mal resolvidas. Embora o ex-presidente tenha tentado minimizar a situação, suas palavras deixam evidente que o conflito persiste, mesmo após anos de convivência familiar.
A postura de Michelle em relação a Carlos também reflete o momento político que ela vive. Como presidente do PL Mulher, a ex-primeira-dama tem buscado consolidar sua imagem pública e expandir sua atuação política. O distanciamento de Carlos, que tem um perfil mais combativo e polêmico, pode ser uma estratégia para evitar que desentendimentos familiares interfiram em seus planos futuros.
Mesmo sem revelar detalhes sobre os conflitos que marcaram a relação entre eles, Michelle deixou claro que não há espaço para uma aproximação. Seu foco, segundo suas próprias palavras, está em manter sua trajetória política e pessoal sem interferências que possam desestabilizá-la. Enquanto isso, Carlos Bolsonaro continua atuando no cenário político, fiel ao estilo incisivo que o tornou conhecido, mas sem a proximidade da madrasta.
O episódio reforça a complexidade das relações familiares no clã Bolsonaro, onde divergências e disputas internas acabam se tornando públicas. Embora Michelle tenha adotado um tom conciliador ao falar sobre o enteado, suas declarações indicam que o afastamento é a melhor solução encontrada para evitar novos atritos. Com a trajetória política da ex-primeira-dama ganhando força, resta saber se esse distanciamento permanecerá definitivo ou se, em algum momento, a dinâmica familiar permitirá uma reaproximação.