Guerra Comercial: China, Canadá e México Revidam Tarifas de Trump

Iconic News

 



A escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus principais parceiros atingiu um novo patamar com a retaliação da China às medidas tarifárias impostas pelo governo de Donald Trump. O governo chinês anunciou que implementará uma tarifa de 15% sobre produtos agrícolas e alimentícios americanos, respondendo à decisão do presidente dos Estados Unidos de elevar as taxas sobre mercadorias chinesas, canadenses e mexicanas. Além disso, Pequim ampliou as restrições às empresas americanas, aumentando ainda mais a incerteza no comércio global.

A medida chinesa chega um dia após Trump dobrar para 20% a tarifa sobre produtos chineses, aprofundando o conflito comercial que já vinha gerando turbulências nos mercados financeiros. Especialistas avaliam que essa guerra tarifária pode prejudicar não apenas os países envolvidos, mas também toda a economia global, elevando preços e afetando cadeias produtivas interligadas.

O Canadá também decidiu agir em resposta às sanções impostas por Washington. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou que o país aplicará uma tarifa de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos americanos, em uma ação coordenada para proteger a economia canadense. Em publicação nas redes sociais, Trudeau deixou claro que essa resposta será implementada em duas fases: US$ 30 bilhões em tarifas entram em vigor imediatamente, enquanto os US$ 125 bilhões restantes serão aplicados em um prazo de 21 dias.

Durante um discurso televisionado, Trudeau fez questão de se dirigir diretamente ao povo americano, demonstrando preocupação com os impactos da política comercial de Trump. "Não queremos isso. Queremos trabalhar com vocês como amigos e aliados, e não queremos ver vocês sofrendo também. Mas o seu governo escolheu fazer isso para vocês. E, a partir desta manhã, a inflação aumentará drasticamente", afirmou.

Enquanto China e Canadá já iniciaram suas medidas retaliatórias, o México ainda aguarda os desdobramentos das ações americanas antes de adotar uma resposta definitiva. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou que seu governo possui um "plano" para lidar com a situação, mas optou por adotar uma postura mais cautelosa. "Seja qual for a decisão, temos um plano", declarou Sheinbaum, reforçando a necessidade de manter "compostura, serenidade e paciência".

O governo mexicano mantém um canal de comunicação constante com as áreas de segurança e comércio, analisando cada movimento antes de tomar uma decisão final. Ainda assim, a pressão sobre o país aumenta, já que as tarifas americanas podem impactar setores estratégicos da economia mexicana, especialmente aqueles voltados para exportação aos Estados Unidos.

A guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros vem se intensificando nos últimos anos, com Trump adotando uma postura agressiva para tentar reduzir o déficit comercial do país. No entanto, essa estratégia tem gerado impactos inesperados, incluindo o aumento dos custos para consumidores e empresas americanas. Com as retaliações de China, Canadá e possivelmente México, o cenário se torna ainda mais complexo, deixando investidores e economistas em alerta para os desdobramentos dessa disputa global.

Tags

#buttons=(Aceitar !) #days=(20)

Nosso site usa cookies para melhorar sua experiência. Saiba mais
Accept !