A sessão plenária da Câmara dos Deputados desta quarta-feira foi marcada por momentos de tensão e embates entre parlamentares do PL e do PT. O presidente da Casa, Hugo Motta, precisou intervir para conter os ânimos, após a deputada Delegada Katarina, que presidia a sessão, suspender os trabalhos para restaurar a ordem.
Durante o conflito entre os congressistas, Motta retornou à presidência e repreendeu os parlamentares, enfatizando que o plenário deve ser um espaço de respeito e representação digna da população brasileira. O presidente deixou claro que não tolerará comportamentos que prejudiquem a imagem do Parlamento, reforçando que a condução dos trabalhos será rígida a partir de agora.
A postura firme de Motta incluiu a proibição da entrada de placas no plenário, além de medidas para reforçar a formalidade no ambiente legislativo. O Departamento de Polícia Legislativa e os técnicos da Mesa Diretora foram instruídos a barrar congressistas que não estejam trajando gravata ou que compareçam de camiseta às comissões. O presidente mencionou que seguirá uma linha combativa, destacando o legado de seu antecessor, Arthur Lira, que já havia enfrentado desafios semelhantes.
O episódio ocorreu após deputados da oposição, liderados por Nikolas Ferreira, subirem à tribuna com cartazes defendendo a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Em resposta, parlamentares governistas também exibiram cartazes pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, aumentando a temperatura do debate. As manifestações levaram a um impasse que forçou a suspensão momentânea da sessão.
O clima acirrado reflete as tensões políticas que dominam o cenário atual, evidenciando o desafio do presidente da Câmara em manter a ordem e garantir que os trabalhos legislativos transcorram de maneira equilibrada. A decisão de Motta em reforçar a disciplina no plenário mostra a preocupação com a imagem da Casa e com a necessidade de respeitar o regimento interno.
Com o episódio, abre-se um novo capítulo sobre a condução dos debates na Câmara, colocando em evidência a relação entre governo e oposição e os desafios na manutenção do respeito e da organização dentro do Parlamento brasileiro.
