O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), revelou nesta quinta-feira (27 de fevereiro de 2025) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não o procurou para discutir a reforma ministerial em andamento. Em entrevista à Rede TV!, Alcolumbre afirmou que nem Lula nem seus assessores o consultaram sobre o tema, apesar da importância do União Brasil e do Republicanos na base governista.
"Especificamente sobre essa agenda, o presidente Lula, nem seus auxiliares, me questionaram ou pediram minha opinião", declarou o senador, sugerindo que a condução das mudanças ministeriais está sendo feita de forma unilateral pelo governo. No entanto, Alcolumbre acredita que um diálogo entre o Palácio do Planalto e os partidos aliados ainda deve ocorrer. "Tenho certeza absoluta de que em algum momento vamos fazer essa conversa. Até porque tanto o Republicanos, do presidente Hugo Motta, como o União Brasil, que estão no governo, merecem", acrescentou.
A reforma ministerial promovida por Lula visa fortalecer a articulação política do governo no Congresso e consolidar alianças para as eleições de 2026. Entre as mudanças recentes, destacam-se a substituição de Nísia Trindade por Alexandre Padilha no Ministério da Saúde e a troca de Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) pelo marqueteiro Sidônio Palmeira.
A ausência de consultas a lideranças como Alcolumbre levanta questionamentos sobre a estratégia do governo para manter o apoio de aliados estratégicos no Senado e na Câmara. A forma como Lula tem conduzido as mudanças no alto escalão pode gerar atritos na base governista, especialmente entre parlamentares que esperam maior influência nas decisões políticas.
A expectativa agora é que, diante das reações de aliados, Lula e sua equipe estabeleçam uma linha de diálogo mais ampla para evitar desgastes e garantir o apoio necessário para suas pautas no Congresso Nacional.
