O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa de Alexandre de Moraes em meio ao crescente atrito com os Estados Unidos. A polêmica gira em torno de um projeto em tramitação no Congresso americano que poderia impedir a entrada de Moraes no país, sob o argumento de supostas violações de direitos fundamentais. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Gilmar destacou a autodeterminação dos povos como princípio fundamental da Constituição de 1988 e reafirmou seu apoio ao colega de Corte.
O ministro enfatizou que Alexandre de Moraes tem atuado com equilíbrio e coragem na defesa da ordem constitucional brasileira. Segundo ele, o magistrado não cede a pressões externas que buscam desestabilizar a soberania nacional. A manifestação pública de Gilmar Mendes ocorre em um momento de tensão diplomática, em que setores políticos americanos criticam o STF e, particularmente, a atuação de Moraes no combate à desinformação e a supostas ameaças ao Estado Democrático de Direito no Brasil.
Durante sessão no STF nesta quinta-feira (27/2), Moraes fez um pronunciamento firme sobre a importância do Judiciário e a soberania brasileira diante das pressões internacionais. Ele ressaltou que a independência das instituições deve ser preservada e que o Brasil não pode permitir ingerências externas em seus assuntos internos.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também se manifestou por meio de nota oficial, destacando que a soberania nacional e a independência do Judiciário são princípios inegociáveis para qualquer democracia consolidada. No documento, a entidade reforçou o papel essencial do STF na garantia dos direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros e rechaçou qualquer tentativa de intimidação vinda de agentes estrangeiros.
O episódio evidencia um novo capítulo na escalada de tensões entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente no que tange à atuação da Suprema Corte. Enquanto Moraes segue sob ataques de setores políticos americanos, autoridades brasileiras, incluindo Gilmar Mendes e entidades jurídicas, demonstram unidade na defesa da autonomia nacional. Resta saber se a pressão internacional terá algum efeito prático ou se, como defendem os ministros do STF, a soberania brasileira prevalecerá sem concessões a interesses externos.
