Eleições 2026: Pesquisas Apontam Bolsonaro Vence Lula em Cenário Direto

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Uma nova pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná revela os rumos que a corrida presidencial de 2026 pode tomar. Os números mostram um cenário de forte polarização entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, enquanto novos nomes como Pablo Marçal e Michelle Bolsonaro começam a despontar, ainda que de forma tímida, como possíveis forças políticas. Com diversas simulações, os dados demonstram um eleitorado fragmentado e, em grande parte, ainda indeciso, apontando para uma eleição que pode ser imprevisível até os últimos momentos.


No cenário mais direto, sem a inclusão de Pablo Marçal na disputa, Jair Bolsonaro aparece com 37,3% das intenções de voto, superando Lula, que registra 34,4%. Essa vantagem, embora pequena, reafirma a polarização que tem dominado a política brasileira nos últimos anos. Ciro Gomes, do PDT, ocupa a terceira posição, com 11,7%, seguido por Ronaldo Caiado, do União Brasil, com 5,4%, e Helder Barbalho, do MDB, com apenas 1,4%. Votos brancos e nulos somam 6,2%, enquanto 3,6% dos entrevistados afirmaram não saber ou preferiram não opinar. Esses números destacam Bolsonaro como ligeiramente à frente em um cenário polarizado, mas também reforçam a importância de estratégias que conquistem os indecisos e aqueles que optam por se abster do processo.


Quando o nome de Pablo Marçal, do PRTB, é incluído entre os candidatos, o quadro sofre mudanças importantes. Lula e Bolsonaro passam a protagonizar um empate técnico, com 34,0% e 33,9% das intenções de voto, respectivamente. Marçal, com 6,1%, emerge como um fator que pode influenciar a dinâmica da eleição. Neste cenário, Ciro Gomes mantém 11,3% de apoio, enquanto Ronaldo Caiado registra 4,7%. Helder Barbalho segue com um desempenho discreto, obtendo 1,2%. O percentual de votos brancos e nulos reduz levemente para 5,6%, enquanto os indecisos representam 3,3%. Esse contexto sugere que o ingresso de Marçal no pleito fragmenta parte dos votos de Lula e Bolsonaro, introduzindo mais incerteza ao panorama eleitoral.


Uma das surpresas reveladas pela pesquisa é o desempenho de Michelle Bolsonaro em um cenário onde ela disputa diretamente com Lula, Pablo Marçal e outros candidatos. Neste recorte, Lula lidera com 34,5%, enquanto Michelle aparece com 20,7%, demonstrando que a ex-primeira-dama possui um eleitorado significativo, mas ainda distante do necessário para desafiar a liderança do petista. Pablo Marçal atinge 11,5%, superando Ciro Gomes, que registra 12,9%. Ronaldo Caiado aparece com 6,6%, e Helder Barbalho alcança apenas 1,6%. Nesse cenário, os votos brancos, nulos e indecisos somam 12,2%, refletindo um contingente expressivo de eleitores que ainda não se identificaram com nenhum dos postulantes. O desempenho de Michelle sugere que, embora tenha potencial de mobilizar parte do eleitorado conservador, ela enfrenta dificuldades em romper a hegemonia dos nomes mais consolidados.


A pesquisa também simulou um cenário sem Jair Bolsonaro e Pablo Marçal na disputa, no qual Lula amplia sua vantagem sobre Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Lula aparece com 35,2% das intenções de voto, enquanto Tarcísio registra 25,3%. Ciro Gomes sobe para 15,2%, enquanto Ronaldo Caiado alcança 7,4%, e Helder Barbalho, 1,8%. Nesse caso, votos brancos, nulos e indecisos somam 15,2%, indicando que a ausência de Bolsonaro e Marçal pode abrir espaço para uma reorganização das forças políticas no país. Tarcísio, embora bem posicionado, precisará superar o desafio de se consolidar como uma alternativa viável fora da sombra de Bolsonaro, especialmente para o eleitorado conservador.


Um dado particularmente revelador é o resultado da pesquisa espontânea, na qual os entrevistados não recebem uma lista prévia de candidatos. Nesse formato, quase metade do eleitorado, 49,8%, afirma ainda não saber em quem votar. Lula lidera com 20,1%, seguido por Bolsonaro, com 16,7%. Tarcísio de Freitas registra 1,6%, enquanto Ciro Gomes aparece com 1,2%. Outros nomes, como Pablo Marçal, Ronaldo Caiado, Eduardo Bolsonaro, Gusttavo Lima e Michelle Bolsonaro, somam pequenas porcentagens, que juntas não ultrapassam 3%. Os votos brancos e nulos chegam a 6,8%. Esses números revelam um eleitorado desmobilizado, mas também um grande potencial para campanhas que consigam captar a atenção dos indecisos e transformar essa fatia em votos efetivos.


Os números da pesquisa apontam para uma eleição que, mais uma vez, será marcada pela polarização entre Lula e Bolsonaro, mas também destacam o surgimento de novos atores políticos que podem influenciar os rumos da disputa. Figuras como Michelle Bolsonaro e Pablo Marçal mostram-se capazes de atrair uma parcela do eleitorado, enquanto nomes como Tarcísio de Freitas e Ciro Gomes mantêm relevância, ainda que em um segundo plano. O alto índice de indecisos e de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo reforça a ideia de que há um espaço significativo para que candidatos ampliem suas bases de apoio, especialmente por meio de estratégias que dialoguem com os anseios de uma sociedade cada vez mais fragmentada.


Com a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%, a pesquisa do Instituto Paraná, realizada entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2025, reflete um panorama que, embora ainda incerto, já aponta para os desafios que partidos e candidatos enfrentarão nos próximos meses. A necessidade de consolidar alianças, construir narrativas fortes e alcançar os eleitores indecisos será crucial para o sucesso nas urnas. Enquanto o país se prepara para mais uma eleição presidencial, a fragmentação política e o alto índice de desmobilização do eleitorado sugerem que a corrida eleitoral de 2026 será não apenas acirrada, mas também imprevisível, marcada por reviravoltas e possíveis surpresas até o último momento.

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