Na madrugada desta terça-feira, Israel lançou uma ofensiva de grande escala contra a Faixa de Gaza, marcando o fim de um período de relativa trégua desde janeiro. O ataque ocorre após a recusa do Hamas em liberar reféns israelenses, resultando em pelo menos 330 mortos e centenas de feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O governo israelense afirmou que a operação tem como alvo infraestrutura e lideranças do Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a ação militar será ampliada conforme necessário.
Negociações Fracassadas e o Fim da Trégua
A retomada dos ataques acontece depois que o Hamas rejeitou todas as propostas de troca de reféns feitas por mediadores internacionais. Estima-se que cerca de 59 reféns israelenses ainda estejam sob poder do grupo, mas há indícios de que menos da metade esteja viva.
Netanyahu declarou que a paciência do governo se esgotou após sucessivas negativas do Hamas, e que Israel adotaria uma postura mais agressiva. “Atuaremos com força crescente até garantir a segurança do nosso povo”, afirmou o premiê.
O Hamas, por sua vez, classificou a ofensiva como uma “sentença de morte” para os reféns que ainda permanecem em Gaza. O grupo reforçou que os ataques israelenses inviabilizam qualquer negociação futura.
Impacto Humanitário e Reações Internacionais
A ofensiva militar de Israel agravou ainda mais a crise humanitária em Gaza. Hospitais lotados, escassez de alimentos e falta de eletricidade são desafios enfrentados pela população civil. Organizações humanitárias alertam que a suspensão da entrada de ajuda humanitária pode ter consequências devastadoras.
A ONU condenou a escalada da violência e cobrou a retomada do cessar-fogo. Diversos países pressionam Israel e Hamas a retomarem negociações, mas as perspectivas de um novo acordo parecem cada vez mais distantes.
Enquanto isso, a comunidade internacional se divide. Os Estados Unidos reforçaram seu apoio a Israel, enquanto países como Brasil e França pedem moderação de ambas as partes.
O Que Esperar Nos Próximos Dias
Com a intensificação dos combates, a expectativa é de que Israel amplie sua ofensiva, enquanto o Hamas possa responder com novos ataques. A população civil segue sendo a maior vítima do conflito, presa em meio a bombardeios e um colapso humanitário.
O cenário permanece incerto, mas especialistas apontam que, sem avanços diplomáticos, a guerra pode se prolongar por meses, ampliando o número de vítimas e aprofundando a crise na região.