Sem medo de consequências, Bolsonaro dispara: 'Eu caguei para a prisão'"

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O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira que não se preocupa com a possibilidade de condenação no caso da suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante um evento do Partido Liberal em Brasília, Bolsonaro ironizou as acusações e afirmou que não teme uma eventual prisão. A declaração ocorreu em seu primeiro discurso após a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República na última terça-feira contra ele e outras 33 pessoas.

Antes de iniciar sua fala, a organização do evento exibiu um trecho de uma entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à CNN Brasil, onde o petista afirmou que Bolsonaro não retornaria ao poder caso a esquerda construísse uma narrativa eficiente. A exibição da fala de Lula gerou reações entre os presentes, reforçando a necessidade de uma estratégia digital sólida para os próximos embates políticos.

Especialistas ouvidos pelo Poder360 avaliam que Bolsonaro pode enfrentar uma pena de prisão que varia entre 12 e 43 anos, dependendo da decisão da Justiça. Segundo a denúncia, a organização da qual o ex-presidente fazia parte tinha como objetivo impedir a posse de Lula. Entre os crimes atribuídos a Bolsonaro estão abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, formação de organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Além de minimizar a possibilidade de prisão, Bolsonaro mencionou os protestos marcados para março e destacou que a prioridade da direita é impulsionar a aprovação do Projeto de Lei da Anistia. O ex-presidente ressaltou a importância da mobilização de seus aliados para fortalecer essa pauta no Congresso Nacional.

Paralelamente ao discurso de Bolsonaro, o Partido Liberal realizou o 1º Seminário Nacional de Comunicação, um evento voltado para debater a atuação digital da sigla e suas estratégias para as eleições de 2026. O encontro reuniu representantes de plataformas como X, Google e Kwai, além de políticos e especialistas na área. O objetivo principal foi ampliar a presença digital do partido e consolidar a comunicação política por meio das redes sociais.

No local do congresso, banners destacavam a parceria entre o PL e as big techs, reforçando a importância do ambiente digital no cenário político. O seminário contou com a participação de prefeitos, vereadores, deputados e outras lideranças políticas, todos empenhados em fortalecer a atuação digital do partido para os próximos anos.

O evento abordou métodos de impulsionamento do alcance dos futuros candidatos da sigla, estratégias de engajamento nas redes sociais e o impacto da comunicação digital na construção da narrativa política. A sigla aposta na estruturação de uma comunicação eficiente para enfrentar os desafios das eleições de 2026 e garantir uma base sólida para os candidatos do partido.

Diante do cenário político turbulento, o PL segue se preparando para eventuais desdobramentos das investigações contra Bolsonaro. Mesmo com sua inelegibilidade, o ex-presidente continua a influenciar a direita e a definir as estratégias do partido. O desfecho das acusações contra Bolsonaro e a capacidade do PL de se reorganizar digitalmente podem ser fatores determinantes para os rumos da disputa presidencial de 2026.

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