Um grave acidente aéreo ocorrido na manhã desta sexta-feira (7) deixou dois mortos e seis feridos na zona oeste de São Paulo. A aeronave, um King Air F-90, caiu por volta das 7h20 nas proximidades dos centros de treinamento do Palmeiras e do São Paulo. O avião havia decolado do aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, e tinha como destino Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A bordo estavam apenas o piloto e o advogado gaúcho Márcio Louzada Carpena, dono da aeronave, que não resistiram ao impacto e morreram carbonizados.
Imagens captadas por câmeras de segurança de um prédio da região registraram a queda do avião sob um ângulo diferente dos primeiros vídeos divulgados. O registro mostra o momento exato em que a aeronave perde altitude rapidamente e se choca contra o solo. Testemunhas relataram que o avião voava baixo e aparentava ter dificuldades antes de cair. Moradores da área descreveram o impacto como uma forte explosão, seguida por chamas intensas e uma densa fumaça preta que podia ser vista de longe.
O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e enviou várias equipes ao local para conter o incêndio e socorrer as vítimas. De acordo com os bombeiros, seis pessoas que estavam em solo sofreram ferimentos devido à explosão e ao desabamento parcial de uma estrutura atingida pela aeronave. Elas foram resgatadas e encaminhadas a hospitais da região, mas ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde de cada uma delas.
As investigações sobre a causa da queda já começaram e estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Especialistas irão analisar os destroços, registros de voo e o histórico da aeronave para determinar o que pode ter levado à tragédia. O modelo King Air F-90, utilizado na aviação executiva, é conhecido por sua confiabilidade, o que levanta questionamentos sobre eventuais falhas mecânicas ou erro humano.
Márcio Louzada Carpena, uma das vítimas fatais, era um advogado renomado no Rio Grande do Sul e costumava fazer a ponte aérea entre São Paulo e Porto Alegre para compromissos profissionais. Amigos e colegas lamentaram sua morte e destacaram sua trajetória no meio jurídico. O piloto, cuja identidade ainda não foi divulgada oficialmente, também era experiente e possuía horas de voo suficientes para operar aeronaves desse porte.
Moradores da Barra Funda ficaram assustados com o acidente, especialmente aqueles que estavam próximos ao local do impacto. Alguns relataram que sentiram um forte tremor, seguido por um estrondo que fez janelas vibrarem. O incêndio gerado pelo choque da aeronave foi controlado após um intenso trabalho dos bombeiros, mas os estragos causados ainda estão sendo avaliados.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirmou que o King Air F-90 estava regularizado e com a manutenção em dia. No entanto, especialistas alertam que mesmo aeronaves bem conservadas podem apresentar falhas inesperadas. Relatos iniciais sugerem que o avião enfrentou algum tipo de problema pouco antes de cair, mas ainda não há confirmações sobre a natureza da falha.
Esse acidente reacende debates sobre a segurança da aviação executiva no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos. O Campo de Marte, de onde a aeronave decolou, é um dos aeroportos mais movimentados do país para voos particulares e táxis aéreos. Com a expansão das cidades e o crescimento do tráfego aéreo, especialistas discutem a necessidade de reforçar medidas de segurança para evitar tragédias como essa.
Autoridades continuam no local do acidente para a remoção dos destroços e a avaliação dos danos. Enquanto as investigações seguem, familiares das vítimas aguardam respostas sobre o que realmente aconteceu naquela manhã. A tragédia entristece não apenas amigos e parentes dos envolvidos, mas também a comunidade local, que se viu impactada por um evento tão devastador.
